quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Uma aventura em Machupicchu

Machupicchu, a cidade perdida dos Incas.

Edificada num penhasco situado a mais de 2350 metros de altitude, a antiga Machupicchu (em língua quíchua, velha montanha) encerra ainda muitos dos seus segredos. Desde sua descoberta, em 1911, pelo historiador americano Hiram Bingham, se multiplicam as mais variadas teorias em torno do seu valor estratégico, religioso e social.

A aventura rumo a Machupicchu passou pelo Pantanal Mato-grossense, compartilhando a mesma água com os jacarés. Passei por Porto Quijarro, onde ele peguei o famoso “Trem da Morte” -- dizem que possui esse nome pois no início era um trem freqüentado por muitos bandidos e traficantes e um lugar onde muitas pessoas morriam. Mas hoje, de herança histórica, somente o nome e a aventura de viajar e se encher de experiências maravilhosas.

Até chegar ao destino, tive de sofrer com poucos banhos, convivência com baratas, vendo muita pobreza e violência. Mesmo assim, tudo valeu a pena pelos cenários impressionantes que vi, a aventura e experiência de vida que aquele povo lhe proporcionou.

Roteiro:

Todo o trajeto foi via terrestre. Por terra, saindo de qualquer parte do Brasil, o roteiro é o mesmo. O primeiro ponto comum é a cidade de Corumbá/MS; de lá, o turista tem de atravessar a fronteira até a cidade boliviana de Porto Quijarro; pegar um trem até Santa Cruz de La Sierra; ir de ônibus até Cochabamba e em seguida, até La Paz. Em outro ônibus, o viajante vai até Copacabana, às margens do lago Titikaka, seguindo até Puno, já no Peru; e finalmente, chegando em Cusco, capital dos Incas. Esse é o caminho tradicional, geralmente feito pelos aventureiros.

Existem ainda outras rotas, que podem ser feitas para contemplar belos lugares que,
inacreditavelmente, existem na Bolívia.

Várias agências de turismo realizam esse trajeto, mas todas são muito caras, eu encontrei uma agência em Brasília, que tem 10 anos de experiência e oferece preços mais em conta.

O que levar:

O mais prático para levar em uma viagem dessas são aquelas mochilas grandes para as costas. Eu, particulamente, levei uma de 60 litros e foi suficiente para levar todas as coisas. Então, entre 60 e 70 lts é o ideal. Na volta, sempre tem algo a mais para trazer de recordação, mas nesse caso você pode comprar sacolas/mochilas a preços bastante baixos.

Opte por levar roupas leves, principalmente daquelas malhas que lavam e secam rápido, tênis e roupas íntimas. Não é necessário levar muita roupa, faça mais ou menos uma previsão do que usar em uns 10 dias, pois durante todo o caminho sempre terá a oportunidade de lavar as roupas. Se a viagem estiver marcada para o meio do ano, leve roupas de frio: blusas, calças, luvas, gorros etc. Uma opção é comprar algumas peças na Bolívia, principalmente na cidade Cochabamba, onde os preços são baixíssimos.

Para quem vai fazer alguma trilha a pé, deve levar lanterna, cantil, canivete e um saco de dormir para no mínimo 0ºC. Caso não tenha o saco de dormir, em Cusco é possível alugá-lo por U$10,00.

Conselho aos marinheiros de primeira viagem:

a) Algumas máquinas digitais não funcionam com muito frio. Então, para não correr o risco de ficar com as imagens gravadas somente na memória leve também uma máquina de fotografar analógica.

b) Cuidado com as bagagens, principalmente no Trem da Morte e nas rodoviárias, com um destaque para a de Cochabamba. Pois numa piscada de olhos você pode ficar sem ela.

c) Compre bolsas porta-dólares para a cintura e mantenha sempre o dinheiro e o passaporte grudados ao corpo, nunca tire para nada. A perda do passaporte é um transtorno terrível.

d) Nunca se esqueça de dar entrada/saída nas fronteiras entre os países, pois uma que você esquece compromete todo o resto da viagem e você terá que atravessar ilegalmente os países.

e) O mais importante: é proibido atravessar a fronteira do Brasil com folhas e chás de coca, muito usado naqueles países contra o chamado Soroche (mal da montanha). A folha e o chá não são drogas nem alucinógenos, para isso precisam de processos químicos para a transformação. Esses recursos são usados para evitar tonturas, dores de cabeça, vômitos e outros males causados pela altitude dos Andes.

f) No mais, não se esqueça de aproveitar muito, pois é uma experiência única na vida.

Informações Gerais:

País: Peru (República del Perú — 1821)
Área: 1285215 km²
População: 20 milhões
Capital: Lima
Idiomas: Castelhano e quechua
Vacinas: Febre amarela (obrigatória)
Documentos: Passaporte e seguro de viagem
Hora: GMT menos 5 horas
Destino: Machupicchu, nos Andes peruanos (entre as cordilheiras de Vilcabamba e Urubamba).
Contato da agência: Weekend Turismo (61) 33274-8200 / 3349-4237 (weekend@solar.com.br)

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